terça-feira, 18 de setembro de 2007

ELA É CARIOCA!

A carioca Pâmela Soares, de 19 anos, venceu o “Miss Brasil Transex”, cujo concurso, realizado no auditório Elis Regina, no Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, completou 14 anos na madrugada de hoje. Ela concorreu com outros 26 transexuais, numa festa agitada e singular, e com o complexo lotado por cerca de mil pessoas.

O segundo lugar, que deu direito ao título de princesa, ficou com a baiana Alessandra Castro. A representante de São Paulo, Roberta Fiuri, de 23 anos, terminou o concurso nacional na terceira colocação.

'Padrinho' e madrinha

Thammy, homossexual assumida e que chegou a posar nua ao lado da namorada para um ensaio para uma revista masculina neste ano, apadrinhou o evento. Curiosamente, sua mãe, Gretchen, rainha do bumbum nos anos 80 e que recentemente voltou ao cenário depois que aceitou ser protagonista de um filme pornográfico nacional, foi madrinha da festa.


A vencedora, emocionada e sorridente como toda miss após ganhar a maioria dos votos dos 22 jurados do concurso, recebeu uma faixa, a coroa e um ramo de flores.

Farra na porta
A festa tinha horário para começar, às 22h. Mas o protocolo não foi seguido. Muitos convidados se atrasaram. Mas havia uma boa razão: a animação do lado de fora do prédio ultrapassou qualquer fronteira e virou uma farra, balada das boas que poucos resistiram antes de rumar para o auditório.

No hall de entrada do auditório Elis Regina, as câmeras de pelo menos duas emissoras de TV também conseguiram atrair transexuais, travestis, drag queens, gays, lésbicas e simpatizantes, atrasando ainda mais o evento. Na verdade, elas e eles queriam aparecer diante da telinha.


Zebra, maiô e vestido de noite
As candidatas abriram o concurso com uma coreografia em que todas tinham de cruzar a passarela com capas de zebras. Depois, o protocolo exigiu que elas desfilassem de maiôs e em trajes de gala. Passos firmes, requebradas perfeitas e traquejos de autênticos profissionais da moda, as concorrentes não fariam feio se estivessem desfilando para uma grife internacional.


Segundo a idealizadora do concurso, o ex-paquito “Rosana Star”, o objetivo do concurso foi apenas “valorizar as transexuais em todo Brasil”.



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