O circuito carnavalesco do Campo Grande, em Salvador, voltou a ser palco de uma grande festa neste domingo (9), na sexta edição da Parada Gay da Bahia. Cerca de 300 mil pessoas, conforme cálculos da Polícia Militar, participaram do evento ao som de 11 trios elétricos. Com o tema "Homofobia é Igual a Racismo", os manifestantes querem cobrar do Poder Legislativo baiano a aprovação do Projeto de Lei 122/2006, que transforma homofobia em crime.
A parada é promovida pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). "Nossa exigência é sermos tratados com igualdade", afirma o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira. "Se quem insulta um negro vai preso, quem faz o mesmo contra um homossexual também tem de ir." A concentração para o evento começou por volta das 10h, na Praça do Campo Grande. Pouco depois do meio-dia, milhares de pessoas já aguardavam o início do evento - o que só aconteceu por volta das 15h30, depois dos discursos dos organizadores.
A chuva, que caía intermitentemente, não chegou a diminuir a empolgação - nem mesmo dos transformistas, estrelas da festa. No carro abre-alas da parada, a madrinha do evento, a cantora Mariene de Castro, comandou o carnaval. Uma bandeira de 40 metros de comprimento, com as cores do arco-íris, também chamou a atenção tanto de participantes quanto dos simpatizantes e curiosos que assistiram o desfile. A parada deste ano marcou a primeira contribuição oficial do governo baiano com o evento. A Secretaria da Cultura liberou R$ 20 mil para ajudar a custear a produção do evento.
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